Muito tempo que não posto nada, e mais tempo ainda desde que escrevi um texto pra cá. Vida anda, muda, tempo passa, prioridades vão se invertendo, mas cá está algo que curti muito fazer.
Retomo as atividades, com tempo determinado, para tentar escrever sobre a nova trip que se achega. Três anos depois, após várias tentativas que foram frustradas, finalmente embarco para tocar, agora com minha banda: o CASACA.
Da primeira vez que estive lá, fui integrando a banda de Gustavo Macaco, puta de um artista do qual tive o prazer de gravar seu disco e realizar uma grande tour! Valeu Monkey, muitas aventuras para ficarem guardadas na lembrança e no coração.
Durante toda a estadia na Europa da primeira vez, em todo o momento só pensava em levar o Casaca pra lá. Tudo muito demais da conta, mas faltava os loucos que me acompanham por toda minha idade adulta, uns até na fase de adolescente ainda. Chegou a hora!
Tudo começou em março desse ano após um show na Casa Rosa, Laranjeiras, Rio de Janeiro, pois foi quando nossa querida e digníssima produtora carioca da baixada Renata Oliveira nos deu a noticia de que fomos convidados para o Brazilian Winter Festival em Estocolmo. A partir dai, começamos a nos articular para a empreitada. Pelo terceiro ano seguido, sendo 2 frustrados.
Fizemos tudo que podíamos, juntamos dinheiro e achamos uma pessoa que acreditou na banda e financiou as passagens certo de que valemos o empenho e de que ela vale a pena e que tudo será acertado no devido tempo. Obrigado Hudson!
Agora, hoje, logo mais as 13:20, começa a primeira visita da banda da Barra do Jucu à Europa. Obviamente será uma aventura. Dos 8 integrantes apenas 2 falam outra linguá, e eu não sou um deles. Fizemos nossa reserva no hotel em Paris (nossa primeira parada, uma semana na cidade luz), mas fica aquele frio, será que ta reservado mesmo? Ainda não temos show lá, ta um vai não vai do caramba, a esperança é que no final dê certo.
Enfim, vou fazer de tudo para conseguir postar um texto por dia pelo menos, fora as fotos no Facebook, mas não garanto nada.
No mais, abraço e a gente vai se falando, na medida do possível!
Valendo-se desse belo jargão criado pelo único Afro-Nipônico, fanho e de língua presa existente no mundo, o célebre Xing Ling Jhow, um quase filósofo nascido em uma terra em que só nasceu ele mesmo, esse blog tem por intenção falar e comentar sobre qualquer fato ou assunto ocorrido no mundo, verdadeiro ou não, o negócio é falar de alguma coisa.
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segunda-feira, 19 de novembro de 2012
sábado, 24 de março de 2012
A VALE, A VACA E A PENA - por Kleber Galvêas
Visite: www.galveas.com
RECUSADO por A Tribuna e A Gazeta
O texto a seguir foi oferecido aos nossos principais jornais: A Gazeta e A Tribuna. Como faço desde 1966.
Não houve interesse nesta publicação
GENEROSIDADE CRESCENTE
Quando a Vale comemorar 15 anos como empresa privada, em maio de 2012, o projeto “A VALE, A VACA E A PENA” chegará à 16ª edição. A primeira tela desenhada com a poluição atmosférica em 1997 (veja o processo do desenho em www.galveas.com ) mostra um labirinto e a inscrição “Encontramos a saída”? Julgava, que sendo a Vale uma empresa estatal, a fiscalização feita pelo Estado estava relaxada. Perguntava se, com a privatização, a poluição seria fiscalizada.
Nesse ano seu lucro foi de U$ 270 milhões, e ela foi vendida em leilão por U$ 3,7 bilhões.
A nossa instalação artística foi planejada como registro do último ano de poluição da estatal. Porém, ao perceber que o pó preto em nossa casa e no trabalho estava aumentando visivelmente, remontamos a instalação em 1998 nas mesmas condições do primeiro ano e desenhamos mais uma tela para a coleção da Casa da Memória do ES.
Em seu primeiro ano como empresa privada, o lucro da Vale foi de U$ 756 milhões; no ano seguinte, de U$ 1,29 bilhões. Quinze anos depois, chega a quase U$ 30 bilhões.
Enquanto o lucro da empresa alcança valores astronômicos pelo desempenho fantástico da sua área financeira, impressiona a decadência da qualidade de vida em seu entorno: aumento da poluição e dos problemas sociais e políticos.
Quando as primeiras siderúrgicas foram instaladas na Ponta de Tubarão, a sota-vento da Grande Vitória, os cientistas Ruschi e Michel Bergman apontaram a impropriedade do local. Naquele tempo a consciência ecológica era restrita e se fazia premente a geração de empregos, devido a quebra do café, do cacau e da forte migração do campo para nossa capital.
Entretanto, uma empresa considerada de alto risco já no inicio, quando suas dimensões eram relativamente modestas, vem se expandindo de forma exponencial ao longo dos últimos anos. No relatório da CPI da Poluição da AL-ES, Resolução Nº 1.808/95, portanto, três anos antes da privatização, médicos e cientista (Jose Carlos Perini, Ana Maria Cassatti, Valdério Dettoni e Ennio Candotti) apontam danos irreversíveis à nossa saúde persistindo a poluição das siderúrgicas. Não foram ouvidos.
Quanto maior o lucro, mais ativa foi a siderúrgica, o que gerou maior produção e mais poluição. O descaso do governo em identificar os responsáveis faz contraponto com a lista, publicada na imprensa, dos principais contribuintes às campanhas eleitorais do governo.
No séc. XXI, com expressiva consciência ecológica, e existindo uma proposta de transferir o parque siderúrgico de Tubarão (considerando que esse custo será absorvido pelo formidável lucro anual da Vale, quase dez vezes maior do que o preço pago por toda ela), a mudança se faz oportuna.
Quando julgávamos que, no alvorecer deste século, a fase de expansão das siderúrgicas em Tubarão havia cessado, o governo passado autorizou a construção da Usina 8, gigante que faz as sete usinas pioneiras parecerem anãs. Com dimensões fabulosas, é coisa que ninguém no mundo quer ter como vizinho.
Ressuscitaram as Wind fences, cercas para vento que haviam sido rejeitadas por eles mesmos nos anos 90, e mais uma vez convenceram a quem ansiava por ser convencido: o Governo
Com uma escova ou pincel, lance sobre uma folha de papel um pouco do pó que pelo ar chega à sua casa todos os dias. Sob essa folha, movimente um ímã, desses que enfeitam a geladeira. Observe que parte da poeira sobre a folha acompanha a movimentação do ímã. Essa poeira que o segue é constituída de pequenas limalhas: fragmentos de ferro Fe2, a maioria com dimensões microscópicas. Ela é importante matéria prima que há 16 anos uso para desenhar as telas da nossa provocação artística, graças à “generosidade” sempre crescente das grandes empresas de Tubarão. Gostaria muito que ela me faltasse este ano.
Kleber Galvêas, pintor. Tel. (27) 3244 7115 www.galveas.com março/2012
PS. Esse texto faz parte da 16ª edição do projeto A VALE, A VACA E A PENA. Como faço há 16 anos no dia 17 de março, instalei uma tela para receber a poeira por 50 dias.
Este ano acredito que será especial, pois a Vale completa 15 anos como empresa privada; as wind fences foram instaladas; a poluição aumentou; a empresa recebeu o "Oscar da Vergona" e a super Usina 8 deve começar a funcionar.
Gratíssimo por sua atenção. Se julgar interessante, favor repassar para amigos.
Abraço, Kleber
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