sábado, 30 de abril de 2011

Quarta MusicaES

XV Congresso Brasileiro de Folclore

Abertas as inscrições do XV Congresso Brasileiro de Folclore


Palestras, oficinas, cursos, exposições e cerca de 100 pesquisadores e folcloristas participarão deste encontro em São José dos Campos

Estão abertas as inscrições para o XV Congresso Brasileiro de Folclore, realizado pelas Comissões Nacional e Paulista de Folclore, com a produção da Abaçaí Cultura e Arte e apoio do Governo do Estado de São Paulo. O evento, que acontecerá entre os dias 11 e 15 de Julho no município de São José dos Campos, interior de São Paulo, reunirá 100 pesquisadores de todos os Estados para palestras, oficinas, vivências e apresentações de manifestações folclóricas diversas como dança, música, artes plásticas e literatura.

Com o tema História e Folclore: caminhos que se entrecruzam, e através de abordagens transdisciplinares, o XV Congresso visa à atualização, diversificação e entrecruzamento de estudos recentes com pesquisadores contemporâneos que investigam as peculiaridades atuais das culturas populares/tradicionais e o reconhecimento e a valorização da diversidade cultural, dos âmbitos da educação e de diversos segmentos das políticas públicas governamentais.

O Congresso contribuirá para o desenvolvimento de pesquisadores e estudiosos da cultura popular/tradicional e áreas afins, bem como outros produtores culturais, por meio do conhecimento, divulgação e discussão sobre os estudos de manifestações populares/tradicionais, suas diversas metodologias e áreas de pesquisa e ampliando e favorecendo a discussão dos novos paradigmas que norteiam o saber popular.

A partir do tema central do XV Congresso Brasileiro de Folclore, os eixos temáticos abordam Religiosidade; As políticas públicas; Patrimônio Imaterial da Cultura; Mesa Brasileira Tradicional; Cultura Popular e Turismo, Folguedos Populares; A música nossa em todos os sons; Literaturas; Arte e artesanato; Medicina popular.

Informações e programação completa sobre a composição das mesas e o curso de atualização para professores, estão disponíveis no site www.xvcongressodefolcloresp.org

Programação Permanente - todos os dias das 10h às 21h
Painéis com trabalhos de iniciação científica
Revelando São Paulo - Mostra de artesanato e gastronomia tradicional
Exposição de Fotos Etnográficas
Exibição de Vídeos - Documentais Etnográficos
Curso de Atualização para professores e gestores culturais

Serviços:
XV Congresso de Brasileiro de Folclore
De 11 a 15 de Julho de 2011
São José dos Campos – São Paulo

Inscrições:
Até 30 de junho de 2011
Valor: R$ 50,00

Incrição de trabalhos:
Até 20 de maio de 2011, pelo link: http://xvcongressodefolcloresp.org/inscricoes/trabalhos/

Contatos:
Produção: Antonieta ou Maria Regina - 11 3312 2900 producao@xvcongressodefolcloresp.org
Imprensa: Dionísio - 11 3312 2900 /11 9688 8412 imprensa@xvcongressodefolcloresp.org

segunda-feira, 18 de abril de 2011

I Andada Cultural do Espírito Santo - Rede Caranguejo

CONVITE

26 de Abril de 2011 - às 11 hs da manhã
na Praça Costa Pereira

CARTA DE VITÓRIA

QUEM SOMOS

Uma rede de projetos, reivindicações, protestos, ações artísticas, culturais e ambientais, que visa unificar artistas de todos os segmentos, técnicos, produtores e agentes culturais, em uma só entidade de classe, em luta pela defesa dos seus direitos profissionais e dos direitos culturais, artísticos e ambientais da sociedade.
Diversas classes artísticas enfrentam dificuldades comuns no tocante à falta de espaços para apresentações, problemas de valorização profissional, carência de público, entre outras.
Nossa plataforma de reivindicações é fundamentada nos deveres e direitos culturais e artísticos, sociais e ambientais definidos no 5º artigo da Constituição, no Plano Nacional de Cultura e nas Leis Orgânicas e Códigos Ambientais, estadual e municipais.

DE ONDE VIEMOS

O nome da Rede Caranguejo é inspirado no folclore capixaba, na imagem de caranguejos presos no balaio, no saburá ou na lata, e depois, na panela. Os balaios, samburás representam as barreiras, limitações; as panelas são os grupos fechados. Esta alegoria ilustra a situação dos artistas capixabas em geral, com seus problemas e dificuldades de trabalho, apresentação, divulgação e valorização de suas obras. Nós somos os caranguejos em luta pela transformação dessa realidade.

O QUE QUEREMOS

- Mobilizar artistas, produtores, técnicos, agentes culturais e sociedade civil na reivindicação por espaços artísticos e culturais, públicos, aparelhados com seus devidos equipamentos, preservados, mantidos e ocupados exclusivamente por artistas, agentes culturais e população na realização de programas, atividades, eventos artísticos, culturais e ambientais;
- Adoção de políticas de valorização profissional de artistas em geral, produtores, técnicos e agentes culturais capixabas, comrespeito aos direitos trabalhistas de todos os segmentos, e criação efetiva e imediata de mercado de trabalho para todos.

NOSSAS METAS

- Realização de Andadas Culturais periódicas, e outras manifestações quando necessário;
- Parcerias com escolas, comunidades, empresários, governo, poder público, na realização de projetos;
- Promover ações e projetos abrangendo todas as linguagens artísticas, em sintonia, articulação e parceria com a Cultura, a Educação, o Meio Ambiente, o Esporte, o Turismo, a Economia, e de acordo com as necessidades e demandas da sociedade.

AÇÕES PERMANENTES

- Lutar pela aplicação e vigência plenas do 5º artigo da Constituição, do Plano Nacional de Cultura, das Leis Orgânicas e Códigos Ambientais, estadual e municipais – que estabelecem deveres federais, estaduais e municipais em relação aos direitos artísticos, culturais e ambientais;
- Reivindicar, conceber, planejar, coordenar, executar, fiscalizar e acompanhar ações e projetos artísticos, culturais e ambientais;
- Realizar feiras, festivais e eventos de arte e cultura, com inclusão de várias expressões, e defesa da autoralidade: música, poesia, literatura, teatro, dança, vídeo, cinema, artes plásticas, moda, artesanato, gastronomia etc.;
- Indicação de artistas para ocupação de cargos importantes na gestão cultural, municipal e estadual, com mandato prorrogável e revogável, se necessário, em todas as áreas de nosso interesse: teatro, música, literatura, dança, cinema, artes plásticas etc.;
- Valorização de eventos, ações e projetos artísticos e culturais que priorizem obras e trabalhos de cunho autoral;
- Valorizar os artistas, técnicos, agentes e produtores culturais capixabas, observando e ampliando os seus direitos profissionais.

PROPOSTAS BÁSICAS

- Cumprimento dos deveres legais dos gestores e órgãos culturais, atendendo e respeitando as demandas e direitos legais da sociedade civil, artistas em geral, técnicos, agentes e produtores culturais capixabas;
- Preservação, aparelhamento, ocupação e funcionamento dos espaços culturais na cidade de Vitória e em todo o Estado do Espírito Santo;
- Tombamento Municipal dos Armazéns do Porto de Vitória;
- Revitalização do Centro de Vitória – nos aspectos cultural, artístico, ambiental, social, econômico, urbanístico;
- Criação de uma Lei Estadual de Cultura que garanta a continuidade de projetos e políticas culturais de interesse para os artistas, produtores culturais e população.

Proposta artística para a Andada

Teatro Alegórico – Um cortejo de preto, talvez com guarda-chuvas pretos, carregando caixões. O cortejo pode ser puxado pelo boneco Caranguejo, do Marco Ortiz. Após o cortejo, outros artistas caracterizados de modo a lembrar a lama, o barro, o mangue, o caranguejo, o balaio, o samburá, a panela de barro e as panelas simbólicas: Secretarias de cultura? Sated? Governo do Estado? Prefeitura ? Talvez carregando adesivos, faixas, com esses nomes (algo ao gosto brechtiano).
A caracterização poderia incluir barro no corpo de artistas seminus, bailarinos; atores e atrizes maquiados com cores terrosas e vestidos com andrajos (farrapos) de cores sujas, terrosas.
O caranguejo, a lama, o barro representam as origens, o inconsciente, algo simbolicamente ligado as energias do ano de 2011 e do mês de abril. Esta proposta, que lembra o pensamento artaudiano, tem o objetivo mágico de atrair as forças positivas do momento presente, que são muito poderosas, e reverter as energias negativas deste ano e deste mês a nosso favor, homenageando-as, através de seus símbolos.

Regras do Teatro Alegórico

1. Um caranguejo fantoche serve para indicar a identidade dos outros personagens, por relação metonímica.
2. A utilização de um símbolo cultural de forte significado para os capixabas.
3. A ressignificação do símbolo, com vistas à mudança de comportamentos típicos do capixaba, uma mudança de atitude entre os artistas capixabas, que muitas vezes se identificam com os caranguejos.
4. A utilização de alegorias, personagens alegóricos, neste caso

domingo, 17 de abril de 2011

VITÓRIA DO DESENVOLVIMENTO SEM ALMA Por Reginaldo Secundo

A classe artística de Vitória sofre mais uma vez com o descaso do poder público. Depois da Casa da Cultura demolida na calada da noite, da indiferença com relação ao teatro Edith Bulhões destruído pela Receita Federal, do fechamento do teatro Galpão, da inércia do Carmélia – prestes a virar escombro, do Mercado da Capixaba que continua “oco” depois do incêndio, da Casa Porto das Artes Plásticas,(Todo ano o Sindicato dos Artistas Plásticos,é comtemplado pela Lei Rubem Braga,uma grana que deveria ser tmbm usada na manutenção e preservação dele...O que não entendo é que se um Sindicato mada projeto e é comtemplado,porque nunca vi um do SATED-ES? Ou se tiver me digam qual ano foi,por favor...) na antiga Capitania dos Portos que está em processo de decomposição...

Do Palácio Domingos Martins (Antiga Assembleia Legislativa) que seria ocupado pela Bibliotéca Adolfo Poly Monjardim,hoje na Fafi, de que se não fala mais nada,(Foi Cedido pelo Governo do Estado á PMV,há 02 anos,com promessa de gastar(Do Estado) 10 milhões na reforma e restauração,onde a PMV,ficaria responsável pela manutenção e aparelhamento).E agora apenas abriga uma frondosa árvore que sai do telhado... do Casarão Cerqueira Lima que foi tomado pela Secretaria de Cultura de Vitória de uma instituição operante ( Instituto Goia) e agora está fechado sem perspectivas concretas de abrir..
E outros epaços Municipais e Estaduais em total abandono...

Chegamos ao absurdo do espaço dos galpões da Codesa(Porto da Artes) ,que foi usado plenamente pelos artistas,por vários meses em parceria com a própria SEMC,estar em vias de ser colocado abaixo para dar lugar ao modelo desenvolvimentista dessa cidade (Que me amedronta,mas ao mesmo tempo,me faz seguir procurando ser mais forte.) na total contramão da proposta do prefeito de torná-los um marco na revitalização do Centro da Capital.Fora nossos Monumentos e outros Logradouros Públicos,em total abandono...

Tantos exemplos como esse, somado às iniciativas descontinuadas como o Circuito Cultural, movimento popular artístico e cultural em São Pedro e e outras regiões de Vitória, que já faz tempo está interrompido com promessas duvidosas de retomada de suas atividades...

A inexistência de um Plano Municipal de Cultura

A indefinição com relação a regulamentaçãoe do aparelhamento necessário pra as suas aulas,assim como um ar condicionado Central que é necessário para o conforto e melhor aproveitamento das aulas, ser colocado em todas as salas de aula da FAFI)regulamentação está, que está parada na Secretaria de Educação do Estado,em um processo lento e burocrático há anos.

Editais de circulação e locomoção que não entraram em vigor...

A Fábrica do Trabalhador que está em processo de reconstrução e que poderia abrigar a capacitação da cadeia produtiva artística,cultural e Social da Cidade... (Será que consegue ficar pronta até final do segundo mandato?).

A inexistência de uma secretaria que fomente a economia criativa e as incubadoras culturais (Cujo expectativa foi criada com uma palestra em 2007 pela PMV, mas sem continuidade...),

Enfim, muitas,muitas,muitas promessas...

Pouco trabalho concreto...

Quase nenhuma continuidade dos projetos anteriores(Fóruns,OPS da Cultura,Conferências e outros...) Tudo isso vindo de encontro plenamente, com um falso discurso democrático...

A reflexão que as lideranças artísticas e culturais tem feito cada vez mais em redes sociais estão permitindo uma nova consciência no fazer e no saber cultural. Não fazemos mais parte de um grupo que quer privilégios, nem vimos na cultura uma relação assistencialista. Queremos nossos direitos para cumprirmos os nossos deveres,que é culturizar a sociedade com nossa arte.

O que realmente me incomoda é a desqualificação dos gestores públicos e a falta de comprometimento dos líderes políticos em sustentar um cenário digno para o exercício de nossas atividades, em prol da sociedade.

Arte e cultura são tão relevantes para a manutenção da cidadania quanto o dito desenvolvimento econômico e financeiro que movimentam os nossos portos... (Motivo atual que puxou toda uma Rede de indignados com essa relação...).
Iniciativas como essa, rotineiras em nosso estado, extrativista por natureza que apoia institucionalmente e financeiramente ações que geram prejuízo ambiental ,Social, Cultural...

Então, a ideia é tirar o espaço do humano para ocuparmos com containeres para ampliarmos a atuação das grandes poluentes?

É destruir mais um pedaço da nossa história?

É tirar a memória?

É deixar que nossos espaços culturais públicos,venham,literalmente abaixo??? Chega...Chegaaaaa

Que a nossa comunidade, além dos artistas e produtores cada vez mais órfãos de políticas sérias e do conhecimento de seus direitos, comece a refletir sobre como pretende criar seus filhos, sobre que tipo de identidade pretende educá-los e formá-los.

Identidade que quer dizer alma, quer dizer cidadania, amor pelo lugar onde se vive. Eu Amo minha Ilha....

E afinal, parafraseando William Shakespeare, “Alguns mistérios pairam sobre o reino da Dinamarca”.

Mas, não nos esqueçamos que Abril ainda não terminou...

Amo-os.

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar." William Shakespeare


Saudações Culturais.
Reginaldo Secundo - Ator/Músico

terça-feira, 12 de abril de 2011

Correndo atrás do prejuizo. Será que dá tempo!?!?

A uns 10 anos sou afiliado a uma dessas associações arrecadadoras de direito autoral. Nesse período minha banda tocou muito nas rádios, deixou de tocar, voltou e agora toca mais ou menos em tal veiculo e sempre manteve uma boa média de show anuais.
Em todos esses anos jamais fui informado de nenhuma ação de tal associação.
Essas associações são para o músico mais ou menos como a Ordem dos Músicos do Brasil (OMB), você se afilia porque tem que se afiliar. No caso da OMB é lei, no caso das associações arrecadadoras você simplesmente não recebe o seu direito autoral. Legal, né!? Ou isso, ou.....isso!!!!
Fato é, que o sistema dirigido por essas associações (9 no total), o ECAD funciona. Funciona mesmo, juro!!!! Mas não é justo e de modo algum representa a grande maioria da diversidade tocada pelas rádios, TV's, bares e shows.
Na antiga gestão do Ministério da Cultura, foi dado início a uma ampla discussão sobre a reforma da Lei dos Direitos autorais afim de que houvesse melhorias e que os "excluidos" do sistema de amostragem pudessem ser "inclusos", entre outras tantas modificações.
O debate chegou a consulta pública de onde surgiu (de modo colaborativo) o ante-projeto que foi encaminhado a Câmara.
Capitaneando esse processo de discussão junto com o MinC estavam diversas entidades, de capilaridade nacional, músicos independentes de todo Brasil e mais uma galera. Ou seja, o povo!
Surpresa foi (na verdade, nem tanto) quando da mundança da gestão Ministerial ouviu-se dizer que o projeto havia retornado às mãos do novo Ministério e que este iria rediscutir o mesmo com a alegação de que muitas entidades não se sentiram contempladas. Eis que começa a celeuma.
Ora, quem seriam essas entidades "representativas" que estavam insatisfeitas?
Por exclusão: se a ABEART (Associação Brasileiras dos Empresários Artísticos), ABEM (Associação Brasileira de Educação Musical, ABMI (Associação Brasileiras da Música Independente), ABRAFIN (Associação Brasileiras de Festivais Independentes), ARPUB (Associação das Rádios Públicas do Brasil), BMA (Brasil Música e Artes), CAS (Casas Associadas), CFE (Circuito Fora do Eixo), CUFA (Central Única das Favelas), FCMB (Federação das Cooperativas de Música do Brasil), FENAMUSI (Federação Nacional dos Músicos Profissionais do Brasil), FNM (Fórum Nacional da Música), MPB (Musica pra Baixar) e o CSM (Colegiado Setorial de Música), este mesmo instância consultiva oficial do MinC, com representantes da sociedade civil eleitos durante a II Conferência Nacional de Cultura, estão de acordo com o ante-projeto apresentado, só resta as associações extremamente vinculadas ao poder econômico e que necessitam da manutenção do atual modelo para sobreviver, ou seja, as tais associações arrecadadora, editoras e gravadoras.
O negócio é que, principalmente o ECAD, controlado pelas associações e as próprias, durante anos excluíram do debate os artistas "menores", sem representação "nacional", como eu.
Acho muita falta de vergonha de seus dirigentes, nesse momento me enviarem um e-mail convidando para uma assembléia de esclarecimento do funcionamento do sistema. Isso eu já sei. Graças a mim, que fui atrás. Esse tipo de aproximação com o associado deve ser feita regularmente e não apenas no momento em que está tudo por ir morro abaixo.
Entendo isso como uma ação movida pelo desespero, uma tentativa de sedução canalha e cafajeste, pois o movimento de base, que une a real ampla maioria dos agentes da cadeia produtiva da música (e também de outros setores) vem ganhando corpo e musculatura.
Somos relevantes.